Agora que a Terra estava de novo propícia para ser habitada depois do dilúvio, o Senhor dá a Noé e sua família as mesmas instruções que deu a Adão e Eva assim que foram criados. O relato dos versos 1 a 7 de Gênesis 9 é um paralelo gêmeo ao relato de Gênesis 1:28 a 30, e possuem a mesma estrutura textual.
A primeira ordem de Deus dada a família de Noé é exatamente a mesma dada a Adão e Eva (compare Gn.9:1; Cf. Gn.1:28). Mas enquanto que para o primeiro casal Deus disse que eles dominassem sobre todos os animais, no sentido de governá-los, à Noé e sua família, por causa do pecado, foi dito que seu domínio seria estabelecido pelo medo (v.2).
Na sequência, Deus diz à Adão e Eva que eles deveriam se alimentar de vegetais (Gn.1:29). Mas para Noé e seus filhos, foi necessário mudar sua base alimentar para incluir a carne (Gn.9:3,4). Foi também pensando nisso que que entrariam na arca sete pares de animais limpos, mas apenas um par de animais imundos.
Depois que Noé ofereceu um sacrifício em holocausto, Deus decidiu em seu coração não mais trazer dilúvio para destruir a terra, e agora o Senhor expõe sua decisão para Noé e sua família, e lhes dá o arco-íris como um sinal eterno que nunca mais destruiria a terra com dilúvio.
No futuro, outros profetas como Ezequiel (Ez 1:28) veriam um arco-íris a circundar o trono de Deus, e é provavelmente imbuído deste mesmo sentido que os profetas contemplam esse sinal como demonstração da misericórdia e do amor do Senhor, um sinal eterno nas nuvens.