Comentário Bíblico

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Marcos 8 - Deus não segue nossas receitas
22-12-2022
Marcos 8 - Deus não segue nossas receitas
Veja como o ser humano complica as coisas! As pessoas queriam dizer a Jesus a forma como ele curaria os enfermos, assim como Naamã tinha planejado como queria ser curado. E quantas vezes não nos frustramos por criar expectativas da forma como Deus quer agir, complicando muito mais as coisas do que realmente são necessárias? Quantas vezes Deus quer abençoar a nossa vida, mas criamos fórmulas predefinidas de como Ele deve agir, ou criamos frustrações por expectativas de coisas que Ele jamais intentou fazer? Podemos expôr ao Senhor todas as nossas necessidades, mas será sábio orar como Jesus, dizendo em seguida: "mas seja feita a tua vontade". Não somos nós quem determinamos a forma como Deus deve operar. Jesus não seguiu a receita das pessoas da época, nem Eliseu a receita de Naamã, mas nem em um caso nem no outro deixou de acontecer o milagre. Deixe Deus ser Deus, Ele não precisa atender às nossas expectativas para realizar em nós a sua vontade.  Pare de complicar as coisas! Às vezes o Senhor já está operando, aos poucos, de modo silencioso e muito simples, e nós é que, pela falta de sensibilidade espiritual, não percebemos, e então, criamos frustrações imaginárias e decepções desnecessárias. Pare de complicar e deixe Deus agir. Se Ele quiser operar prontamente ou dividido em parcelas, cabe a Ele. Mas a certeza que temos é que "sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Leia Marcos 8
Marcos 7 - Jesus se ocultava para Deus ser revelado
22-12-2022
Marcos 7 - Jesus se ocultava para Deus ser revelado
Marcos também parece nos mostrar que Jesus evitava ser motivo de destaque. Ele queria fazer o bem às pessoas, mas evitava que suas obras fossem divulgadas. Talvez porque isso prejudicaria o cumprimento da sua missão. Por isso, novamente Marcos pontua ao longo do capítulo que Jesus procurava se ocultar. Como quando foi para Tiro e Sidom, "tendo entrado numa casa, queria que ninguém o soubesse; no entanto, não pôde ocultar-se" (v.24). E depois da cura do surdo e gago, Cristo "lhes ordenou que a ninguém o dissessem; contudo, quanto mais recomendava, tanto mais eles o divulgavam" (v.36). Jesus não precisava procurar ser notado, porque suas próprias obras atestavam de quem Ele era e de sua missão. Pelo contrário, por mais que não conseguisse, ele procurava se ocultar para não ser o centro das atenções, a fim de que Deus fosse glorificado através da sua vida. Marcos 7 pode nos deixar essa importante lição, de que não precisamos ser vistos pelas pessoas, mas pacificamente, realizando as obras de Deus, nossos atos falarão em nosso lugar. Como Ele disse no sermão do monte: "vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus". (Mateus 5:16). Assim como Jesus procurava se ocultar para revelar a Deus, que a nossa vida esteja "oculta juntamente com Cristo, em Deus" (Colossenses 3:3;), para revelá-Lo também. E assim, quando entrarem em contato conosco, que as pessoas vejam Jesus e escutem a Sua voz, e então queiram amá-lo e segui-Lo. Ocultos em Cristo mas revelando a Deus. Leia Marcos 7
Marcos 6 - Rejeitado pelos conhecidos, aceito por estranhos
22-12-2022
Marcos 6 - Rejeitado pelos conhecidos, aceito por estranhos
No relato de Marcos 6 temos um grande contraste entre o início do capítulo e seu fim. No começo, Marcos relata quando Jesus foi para Nazaré, onde cresceu, e foi rejeitado pelos seus conhecidos, não podendo fazer muitos milagres. A própria família de Jesus morava lá, e mesmo assim não foi aceito. Cristo sai de Nazaré admirado do tamanho da incredulidade dos seus próprios parentes e conhecidos. Já no fim do capítulo, vemos que Jesus era amplamente aceito pelas pessoas de cidades e vilas desconhecidas. Ao ponto de as pessoas se esforçarem em multidões para serem curados. Que diferença de fé entre os conhecidos, que não queriam aceitá-Lo, e os estranhos, que lhe buscavam avidamente e recebiam milagres dEle. Se até o filho de Deus não foi compreendido pelos seus amigos de criação e parentes, sendo Ele perfeito, não deveria nos espantar que pessoas próximas de nós também não reconheçam que Deus pode nos transformar e usar. Mas essa rejeição não desanimou Jesus. Mesmo que tenha ficado admirado da incredulidade deles, Cristo seguiu sua missão para outros lugares onde Ele, sua mensagem e seu poder seriam aceitos para perdoar, curar e salvar. Mesmo que as pessoas não acreditem na sua conversão, e por isso você se veja impossibilitado de ajudá-las, não desanime. Nunca desista da sua família ou dos seus amigos, mas lembre-se que há uma infinidade de estranhos que precisam ouvir do Jesus que tem transformado a sua vida. A nossa missão começa em casa, mas se estende pelas ruas fora dela. Leia Marcos 6
Marcos 5 - Deem de comer à menina
22-12-2022
Marcos 5 - Deem de comer à menina
Depois de realizar um milagre da ressurreição, Jesus se chegou para os pais da criança "e mandou que dessem de comer à menina" (v.43). Veja que lição incrível encontramos aqui! Jesus não teria dificuldade em trazê-la de volta à vida sem fome. Mas encontramos aqui o mesmo princípio bíblico que é visto ao longo de todas as Escrituras: Deus nunca faz aquilo que nós podemos fazer. O milagre da ressurreição, só Jesus poderia realizar. Mas o cuidado da alimentação da criança era uma responsabilidade dos pais, e Jesus não faria o que eles deveriam fazer. Cristo poderia ter estalado os dedos, e uma mesa farta de todos os manjares do mundo apareceria ali diante deles. Mas essa não era a responsabilidade de Jesus. A parte impossível deixamos com Deus, mas nossa parte nos cumpre fazer, e o Senhor não a fará por nós. Quando Jesus ressuscitou Lázaro, pediu aos homens ali presentes que removessem a pedra que tapava a entrada do túmulo. É óbvio que Ele poderia ter desintegrado a pedra ou tê-la movido com a força do pensamento. Mas não o fez. É nossa responsabilidade tirar as pedras que nós podemos tirar. As que nos são impossíveis, deixamos pela fé nas mãos de Deus. Jesus ressuscitou a criança mas depois disse que os pais dessem de comer a ela. Assim, é nossa responsabilidade cuidar da nossa vida nos mais variados aspectos. Os milagres que precisarmos, poderemos sempre pedir a Deus, andando junto com a fé, a nossa responsabilidade de fazer a parte que nos cabe nessa relação. Leia Marcos 5
Marcos 4 - As parábolas de Jesus
22-12-2022
Marcos 4 - As parábolas de Jesus
A parábola da semente demonstra como o reino de Deus, depois que é plantado no coração, e o homem permite que ele germine, cresce até dominar o terreno inteiro. A obra da graça no coração às vezes nos parecerá incompreensível, mas os resultados dela podem ser claramente vistos.  O coração disposto para a Palavra de Deus será como a boa terra que alimenta a semente, e ela cresce até produzir os seus fruto: "primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga" (v.28). Se permitirmos, o reino de Deus dominará nosso coração, etapa por etapa. Nosso papel é remover os espinhos, manter o terreno do coração limpo, e regar a semente da Palavra constantemente com oração. A natureza da Palavra é frutificar em nós. Como disse o Senhor: "assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei" (Isaías 55:11). Se não impedirmos e não colocarmos o lixo do mundo empobrecendo o solo do coração, a Palavra prosperará em nós e dará os frutos que honrarão o nosso Semeador; trarão alegria para nós e para as pessoas que convivem conosco. Dos frutos que o reino de Deus faz brotar no coração, todos se fartam e se alegram: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio" (Gálatas 5:22,23). Quem não gostaria de conviver com alguém cujos traços da personalidade refletem totalmente a beleza do caráter de Jesus? Leia Marcos 4
Gênesis 15 - Deus faz um pacto com Abrão
28-01-2022
Gênesis 15 - Deus faz um pacto com Abrão
É natural pensar que para os homens daquela época, alguém sem filhos era uma família sem futuro. O seu nome e dos seus antepassados seria apagado da história, mas o Senhor queria mostrar a Abrão que seu futuro estava garantido por Ele mesmo, e numa cena belíssima, descreve o verso 5 logo depois das palavras que ouviu de Deus: "Então o levou para fora, e disse: Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentou-lhe: Assim será a tua descendência". Diante da resposta de Deus, não apenas em palavras mas em comparação com a grandeza do céu, o verso 6 descreve a reação de Abrão que será lembrada no Novo Testamento como a grande resposta da fé: "E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça". Depois de o Senhor lhe mostrar as estrelas e compará-las à sua futura descendência, Deus reafirma que seu propósito permaneceu firme e que não havia tirado Abrão da casa de seu pai em vão: "Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para te dar esta terra em herança" (v.7). Portanto, Deus estava dizendo que desde há muito o Senhor estava conduzindo a vida de Abrão, mesmo usando seu pai antes dele para sair da terra de Ur dos Caldeus e lhe dar Canaã, onde estava agora, por herança. Abrão não tinha mais com o que se preocupar quanto ao futuro da sua descendência e a sua herança. Deus mesmo lhe disse que ele morria em paz e em boa velhice, e que cuidaria dos seus descendentes. Talvez você também tenha dúvidas quanto ao futuro, mas a história de Abrão foi deixada para nos inspirar a crer que se somos filhos de Deus pela fé em Cristo, no tempo certo receberemos parte na herança dos salvos na Canaã celestial. Precisamos apenas crer em Deus, e isso nos será imputado por justiça. O Senhor já provou a sua parte dessa aliança conosco quando ofereceu seu próprio Filho como sacrifício, a nossa parte é crer. Leia Gênesis 15
Gênesis 14 - Aliado do Rei dos reis
28-01-2022
Gênesis 14 - Aliado do Rei dos reis
Em Gênesis 14  temos uma guerra de quatro reis contra cinco. Quedorlaomer com três reinos submissos a ele, contra Sodoma com mais quatro reinos que se rebelaram. E é aqui que esse contexto histórico entra como uma continuação do capítulo anterior: "Tomaram também a Ló, filho do irmão de Abrão, que habitava em Sodoma, e os bens dele, e partiram" (v.12). É incrível que nem mesmo uma aliança de 5 reinos tenha conseguido o que Abrão, sozinho com pouco mais de 300 homens que nasceram na sua casa, foi capaz de fazer e assim resgatar o seu sobrinho. Precisamos notar que Abrão não era sequer rei para lutar contra quatro de uma vez, mas mais do que rei, ele era aliado de Deus, o Grande Rei dos reis, e foi de Deus que Abrão recebeu a promessa: "Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar" (Gn.12:2,3). Agora, diante dessa façanha impossível, os povos de Canaã puderam testemunhar do Deus a quem ele servia. E isso é evidenciado no próprio capítulo. Abrão aproveita para testemunhar de Deus ao rei de Sodoma: "Abrão, porém, respondeu ao rei de Sodoma: Levanto minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra, jurando que não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu, nem um fio, nem uma correia de sapato, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão" (v.22,23). Abrão não queria que suas riquezas aumentassem por ter tomado o que foi saqueado do povo de Sodoma, Gomorra e dos outros reis, e não por ter recebido tudo com a bênção de Deus. Assim, esses povos tiveram a oportunidade de conhecer o Deus de Abrão, e de se arrependerem das coisas abomináveis que praticavam. Nos capítulo 18 e 19 teremos novas descrições dos povos de Sodoma e Gomorra, e veremos que eles não apenas não mantiveram nenhuma gratidão ao Deus de Abrão e de Ló, mas haviam proliferado sua vida de pecado a um nível insuportável; e a tal ponto, que Deus precisou intervir. Leia Gênesis 14
Gênesis 13 - O altar da confiança
26-01-2022
Gênesis 13 - O altar da confiança
Mesmo enriquecido, Abrão não se deixou levar pela riqueza para esquecer de Deus. Muito pelo contrário. Ele voltou ao mesmo altar que tinha edificado ao Senhor, e invoca o Deus que lhe prometeu guiar quando mandou sair da casa do seu pai. Ao invocar a Deus no altar, Abrão estava reafirmando sua confiança nas promessas que Deus lhe fez ao revelar o plano de salvação através da sua descendência.  Mas em meio a riqueza de Abrão e Ló, os pastores de um estavam entrando em conflito com os pastores do outro. Se por causa da sua abundância ambos já brigavam entre si como inimigos internos, como poderiam se defender dos inimigos externos?  Abrão dá todo o direito de Ló escolher em qual local da terra gostaria de morar.  Veja como o pecado funciona de forma sutil. Ló poderia ter ficado com a planície do Jordão que era fértil a ponto de lembrar o Éden. Mas aos poucos, foi armando sua tenda até que acabou indo morar em Sodoma. Fica aqui uma lição. Podemos obter o que desejamos com ou sem a bênção de Deus, mas o fato de conseguir o que desejamos não significa que isso nos fará felizes. Sob a bênção de Deus, podemos ter muito mais do que o pecado pode oferecer, como foi com Abrão. E o que inicialmente pode parecer uma vantagem, acaba sendo quase a nossa ruína, como foi para Ló. Temos uma escolha: ser como Ló, para escolher o que melhor nos parece à vista e sofrer as consequências, ou confiar que Deus sabe o melhor, erguendo o altar da confiança nEle, do começo ao fim, e herdar as suas bênçãos. Leia Gênesis 13
Gênesis 12 - Deus apresenta o seu plano
25-01-2022
Gênesis 12 - Deus apresenta o seu plano
Em Gênesis 12, vemos o Senhor falando com um homem em específico, e fazendo uma promessa diretamente para ele. Deus apresenta a ele o propósito que tem para salvar a humanidade corrompida por meio da sua descendência. Era hora de Abrão sair do conforto que seu pai havia obtido para sua família (Hb.11:8).  E com a ordem, vem a promessa: "Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" (v.2,3). Note que não só Abrão seria abençoado, mas ele mesmo deveria ser uma bênção. E por meio da sua descendência, o Senhor alcançaria o mundo inteiro. Como disse: "em ti serão benditas todas as famílias da terra".  É muito importante enfatizarmos aqui que o povo de Israel, como ficaria conhecida a sua descendência, nunca foi escolhido por Deus apenas para ser uma nação exclusiva e a única a ser salva e abençoada. Não! O Senhor disse claramente a Abrão que seu propósito ao escolhê-lo era o de abençoar "todas as famílias da terra". Portanto, o chamado de Abrão foi um chamado missionário.  Cristo seria o grande descendente de Abrão que faria a bênção do Senhor ser levada a todas as famílias da terra. Mas apesar de seus erros, Deus estava sendo paciente com Abrão para que ele finalmente pudesse confiar a ponto de obter o título de amigo de Deus e pai da fé, assim como é paciente conosco a ponto de sermos chamados seus filhos.
Gênesis 11 - A torre de Babel
25-01-2022
Gênesis 11 - A torre de Babel
Depois de Gênesis 10 ter nos explicado a origem de todos os povos a partir dos filhos de Noé, Gênesis 11 nos diz que essa descendência chegou ao território que mais tarde ficaria conhecido como Babilônia.  E é ali que eles têm a ideia de edificar uma cidade, e uma torre cujo cume tocasse no céu. É importante lembrar que Deus havia ordenado à descendência de Noé que eles deveriam se espalhar sobre a terra (Gn.9:7). Esses homens queriam exatamente o oposto. Buscando fama, eles decidiram construir uma torre que chegasse até o céu, e que eles não se espalhassem sobre a terra. O céu, era uma referência ao local da habitação de Deus, e seu intento era um desafio à autoridade do Criador. Por ter Deus confundido a linguagem dos homens em Sinear, explica o verso 9: "Por isso se chamou o seu nome Babel". A palavra Babel ou Babilônia, significa confusão, e a partir de Gênesis 11 até o livro de Apocalipse, Babilônia se tornará um importante símbolo do intento humano em desafio contra Deus. Nas Escrituras, Babilônia representa o reino do homem contra o reino de Deus. Muitas vezes a misericórdia de Deus intervém sobre a humanidade a fim de conter o avanço da maldade. E nas profecias mais importantes da Bíblia para os últimos dias, Babilônia reaparece como sendo esse reino humano que desafia o reino de Deus, mas será desfeito para que no lugar da confusão humana, o Criador devolva a ordem de paz para a qual criou o homem. Gênesis 11 nos mostra que o intento do homem contra Deus não prosperará.
Gênesis 9 - O arco da aliança
22-01-2022
Gênesis 9 - O arco da aliança
Agora que a Terra estava de novo propícia para ser habitada depois do dilúvio, o Senhor dá a Noé e sua família as mesmas instruções que deu a Adão e Eva assim que foram criados. O relato dos versos 1 a 7 de Gênesis 9 é um paralelo gêmeo ao relato de Gênesis 1:28 a 30, e possuem a mesma estrutura textual. A primeira ordem de Deus dada a família de Noé é exatamente a mesma dada a Adão e Eva (compare Gn.9:1; Cf. Gn.1:28). Mas enquanto que para o primeiro casal Deus disse que eles dominassem sobre todos os animais, no sentido de governá-los, à Noé e sua família, por causa do pecado, foi dito que seu domínio seria estabelecido pelo medo (v.2). Na sequência, Deus diz à Adão e Eva que eles deveriam se alimentar de vegetais (Gn.1:29). Mas para Noé e seus filhos, foi necessário mudar sua base alimentar para incluir a carne (Gn.9:3,4). Foi também pensando nisso que que entrariam na arca sete pares de animais limpos, mas apenas um par de animais imundos. Depois que Noé ofereceu um sacrifício em holocausto, Deus decidiu em seu coração não mais trazer dilúvio para destruir a terra, e agora o Senhor expõe sua decisão para Noé e sua família, e lhes dá o arco-íris como um sinal eterno que nunca mais destruiria a terra com dilúvio. No futuro, outros profetas como Ezequiel (Ez 1:28) veriam um arco-íris a circundar o trono de Deus, e é provavelmente imbuído deste mesmo sentido que os profetas contemplam esse sinal como demonstração da misericórdia e do amor do Senhor, um sinal eterno nas nuvens.
Gênesis 8 - Lembrou-se Deus
21-01-2022
Gênesis 8 - Lembrou-se Deus
Em Gênesis 8 encontramos o relato de quando as águas do dilúvio finalmente secaram, e Noé e sua família puderam sair da arca em segurança. E uma coisa que a Palavra de Deus deixa bem claro, é que nada relacionado ao dilúvio ocorreu por eventos naturais. Tanto o próprio dilúvio em si quanto às suas águas secarem, tudo foi por ação do poder direto do Senhor.  Depois que as águas secaram e eles puderam sair, o Senhor lhes dá as mesmas ordens que foram dadas na criação do mundo, a Adão e Eva. Era como se a Terra estivesse recebendo de Deus uma segunda chance, para fazer diferente de tudo o que aconteceu com os pré-diluvianos (Gn.6:5). E Noé recomeça a história da Terra "edificando um altar ao Senhor" (v.20). E ali, mantendo o símbolo da redenção que o próprio Deus deu a Adão e Eva no dia em que pecaram, Noé ofereceu, dos animais limpos, sacrifícios de "holocaustos sobre o altar" (v.21). É assim que Pedro associa a Volta de Cristo como o fim do mundo como foi no dilúvio (2.Pe.3). Pedro entendeu que o que aconteceu no dilúvio voltaria a acontecer antes do fim na volta de Cristo. Um dilúvio de fogo está para vir sobre o mundo tão certamente com o dilúvio de águas nos dias de Noé. Nossa comunhão com Cristo é nossa arca, e todos quanto quiserem poderão se abrigar e estarem seguros. Conhecer a história do dilúvio, é entender o convite de misericórdia de Deus para fazermos parte dos que estarão nos novos céus e nova terra, onde habita a justiça (2.Pe.3:13).
Gênesis 7 - O Dilúvio
20-01-2022
Gênesis 7 - O Dilúvio
Gênesis já havia dito que no meio da corrupção generalizada da época, Deus encontrou em Noé alguém que andava em Sua presença. O chamado de Noé e sua família é um prenúncio da preparação para nós e nossa família, como alertou Jesus em Mateus 24. Para que no meio dessa geração corrompida, o Senhor nos preserve do dilúvio de destruição que virá na Volta de Jesus para os perdidos, como explica 2 Pedro 3. Além de Noé e sua família, Deus ordenou a entrada de sete pares de animais limpos e um par de animais imundos, e não apenas um par, porque como veremos depois que as águas do dilúvio secarem, devido a escassez de alimento para Noé e sua família, e eles precisariam se alimentar também dos animais limpos. O dilúvio é mencionado por Jesus em Mateus 24 e por Pedro em 2 Pedro 3 como um evento real, e não como algo simbólico como muitos possam crer. De fato, para os autores do Novo Testamento, o relato de Gênesis é um relato literal, e isso inclui o dilúvio. Durante todo o período de construção da arca e com a ida sobrenatural dos animais em pares para se abrigarem ali, todos os que viram tiveram a oportunidade de se arrepender, mas ignorando as advertências, dedicavam-se a uma vida de prazeres sem consciência. Diz Jesus que "eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos". As águas ainda cobriram a terra pelos próximos 150 dias, até que o Senhor interveio para permitir que a vida voltasse ao planeta através de Noé e sua família, e é o que veremos no próximo capítulo.
Gênesis 6 - Ele andava com Deus
19-01-2022
Gênesis 6 - Ele andava com Deus
Gênesis 5 terminou seu relato com a época da vida de Noé e o nascimento dos seus três filhos. E é na época deles que Gênesis 6 relata o estado da humanidade para nos dar o plano de fundo que explica o que viria a seguir. Como resultado, diz Gênesis: "Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente" (v.5). E é também nesse contexto que vemos já decretado pelo Senhor que era necessário trazer um fim à multiplicação de tanta maldade. Ao ver tamanho mal sobre a terra, Gênesis 6 nos traz uma das afirmações mais tristes de toda a Bíblia: "Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração" (v.5,6).  No meio de uma geração totalmente corrompida, encontramos de Noé o seguinte relato: "Era homem justo e perfeito em suas gerações, e andava com Deus" (v.9). Esse final explica por que Noé era um homem justo e íntegro entre as pessoas da sua época que tinham "toda inclinação dos pensamentos de seus corações continuamente para o mal". Como bem resume Gênesis 6, assim como seu tataravô Enoque: "Noé andava com Deus". No meio da nossa geração corrompida, nós precisamos ser como Noé, e nossa casa como a arca. Andando com Deus num mundo que afunda, mas preservados pela promessa da sua misericórdia.