Na Semana Nacional de Trânsito de 2021, que acontece de 19 a 25 de setembro e traz como tema “Respeito e Responsabilidade. Pratique no Trânsito”, as autoridades brasileiras deveriam fazer um balanço do pacto assinado em 2009 com as Organizações das Nações Unidas em que o país se comprometia a participar da Década de Ações para a Segurança no Trânsito, entre 2011 e 2020. A iniciativa tinha como meta reduzir pela metade o número global de mortes e lesões no trânsito em todo o mundo. Na época, o Brasil aparecia em quinto lugar entre os países mais violentos no trânsito, com cerca de 35 mil mortes por sinistros de trânsito.
O documento da ONU foi elaborado a partir de um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) que mostrou que, apenas em 2009, foram registradas cerca de 1,3 milhão de mortes e 50 milhões de pessoas feridas vítimas de acidente de trânsito em 178 países.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as taxas de mortalidade por 100 mil habitantes por sinistros de trânsito de 2010 e 2019 foram, respectivamente, 22 e 15,2 nesses anos. Os dados preliminares do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) não mostram redução significativa no número global de mortes em 2020. O diretor executivo da Federação Nacional da Inspeção Veicular (FENIVE), Daniel Bassoli, ressalta que não ocorreu a queda esperada da estatística durante a pandemia de Covid-19, apesar da redução drástica da circulação de pessoas devido ao isolamento social em 2020, pois não houve diminuição significativa na taxa de sinistros com motocicletas.