Especial: Videoclipe de ‘O Futuro que me Alcance’ vence m-v-f- awards 2023!

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02-02-2024 • 15 mins

Criação de Nat Grego para música de Reynaldo Bessa é escolhida pelo júri como ‘Melhor Animação Nacional’

Na noite desta terça, dia 30 de janeiro, o Cine Joia, na região central de São Paulo, foi palco da entrega da 11ª edição do Music Video Festival Awards, segmento competitivo do m-v-f- que reconhece e premia anualmente os melhores videoclipes e vídeos musicais nacionais e internacionais.

A edição que elegeu os vencedores de 2023 contou com 26 categorias de premiação, sendo 4 delas definidas pelo voto do público. As demais escolhas foram feitas pelo júri especial.

O videoclipe criado pela ilustradora Nat Grego para a faixa que dá título ao mais recente álbum do cantor e compositor Reynaldo Bessa, “O Futuro que me Alcance”, foi o premiado na categoria “melhor videoclipe de animação”, em que são levados em conta a técnica e a criatividade.

Nesta edição, o júri técnico foi composto por Baloji, músico e diretor congolês, Targa Sahyoun, vice-presidente da Capitol Records, Fátima Pissarra, CEO da Mynd, Nídia Aranha, diretora criativa, Novíssimo Edgar, artista e diretor, além dos diretores de videoclipes Denis Cisma, Cris Streciwik, Remi D’Aguiar e Fernando Nogari.

O videoclipe de “O Futuro que me Alcance” concorreu com outras 5 animações e pode ser conferido neste link.

A ANIMAÇÃO

O clipe de “O Futuro que me Alcance” foi lançado em 15 de janeiro de 2023 e traz a confluência poética entre o olhar de Nat e os acordes de Bessa. O entrosamento entre as ideias do poeta e a “fazedora de objetos poéticos”, como se autodefine Grego, é visível desde os primeiros acordes e imagens. “Sinto que o eu-lírico que Bessa criou está numa viagem dentro dele mesmo e foi essa experiência poético-existencial que tentei elaborar na animação. Ao interpretar a música, notei que surgiram mais perguntas do que respostas, e essa imprecisão também faz parte do clipe. A multiplicidade de identidades e a impermanência diante do tempo é uma das muitas questões do ser humano, e enquanto eu criava o clipe meditei muito sobre isso”, comenta Nat Grego.

A animação foi feita numa técnica mista, com desenho tradicional e digital. O processo foi intenso: durante 6 meses a artista trabalhou na criação do roteiro, imagens, esboços e no storyboard do clipe. “Quando tudo estava mais encaminhado, comecei a animar e esse processo todo durou cerca de um ano e meio para que chegássemos no resultado que temos hoje”, completa.

A composição transita entre o curso do que está por vir e o passado que habita em nós. Entre “aquilo e isso”, há a lacuna do tempo no presente. A verve poética de Bessa alcança o ápice em ideias que flutuam pela letra como “Vou na popa, vou de costas para a proa”. “É a forma poética que encontrei para representar a tentativa de lutar contra o inevitável futuro em que estamos mergulhados e a possibilidade que temos de mudar a rota durante o curso”, explica o artista potiguar. Natural de Mossoró, Bessa mora em São Paulo e tem colhido resultados com sua música e livros.

Ficha Técnica

O Futuro que me alcance (Reynaldo Bessa)

Música:

Voz e violão: Reynaldo Bessa

Guitarras: Carlos Gadelha

Baixo/sinth: Demétrius Carvalho

Bateria: Marcos Maia

Arranjo, gravação, mixagem e masterização: Caio Torrezan

Produção Executiva: Andre Minnassian

Videoclipe:

Direção, animação e ilustração: Nat Grego

Produção: Marcelo Abud


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